Por Catharina Siqueira
Durante o mês de setembro, as redes sociais, propagandas de televisão e vários meios de comunicação apresentam o amarelo como a cor do mês, porém muitas pessoas não sabem o sentido disso nem como começou o Setembro Amarelo.
O Setembro Amarelo teve início em 2015, numa ação conjunta do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A primeira campanha iniciou-se em Brasília, mas logo todas as regiões do país aderiram ao movimento. A divulgação da causa sempre ocorre no dia 10 de setembro, que é o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio.
O principal objetivo da campanha é a conscientização sobre a prevenção ao suicídio, informando à população mundial que não é drama nem uma forma de chamar atenção e muito menos frescura, que diálogo e discussões que abordem o problema são necessários, como afirmam as Pedagogas Patrícia e Ana Raquel, Orientadoras Educacionais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio: “Dialogar sobre o tema deve deixar de ser um tabu, para que se possa ajudar a quebrar a barreira do preconceito. Ainda há muita resistência e vergonha em pedir ajuda em momentos de depressão e tristeza, pois as pessoas têm medo de ser julgadas num momento em que estão fragilizadas.”
Além disso, ações são realizadas durante o mês inteiro, com a intenção de sensibilizar a população e os profissionais da área da saúde para os sintomas da doença, mostrando que depressão também é uma questão de saúde pública.
Muitos julgam a depressão como uma espécie de fraqueza de conduta, ou de personalidade, e acabam, muitas vezes, ignorando um problema que pode estar muito próximo.
Em 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma pesquisa e constatou que mais de 800 mil pessoas comentem suicídio, todo ano, e que 75% delas viviam em países de baixa e média renda. Em média, a cada 40 segundos, ocorre um novo caso de suicídio no mundo.
O suicídio se tornou um problema tão grave, que é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. No Brasil, mais de 30 brasileiros morrem, por dia, devido ao suicídio. Esse número poderia ser menor. Ana Raquel e Patrícia dão o seguinte conselho: “Nunca negligencie um pedido de ajuda. Não devemos banalizar, condenar, julgar ou brigar nessas situações. É importante que se pratique a empatia e a solidariedade. Não estar sozinho é muito importante no auxílio à prevenção do suicídio.”
Algumas formas de ajudar é estar atento aos sinais e comportamentos das pessoas próximas a você, avaliar a gravidade da situação de forma cautelosa e, sem julgamentos, tentar amenizar o sofrimento, dando suporte e apoio para que deem os próximos passos. É importante conscientizar essas pessoas sobre a importância de um acompanhamento profissional.