Durante meus estudos no EG, eu participei de algumas Olimpíadas Científicas e a principal delas, a que mais me marcou foi o IYPT (International Young Physicists' Tournament). Nela, era preciso que estudantes de Ensino Médio fizessem estudos teórico-experimentais sobre problemas em aberto da Física, muitas vezes relacionados com o nosso dia a dia. Com a conquista de uma medalha de bronze, surgiram algumas boas oportunidades da Fundação Estudar, de buscar estudos fora do país, nos Estados Unidos e na Irlanda, mas como as bolsas não cobriam todo o valor da universidade, tive de deixar o sonho de estudar fora para mais tarde. Tendo essa experiência com pesquisa científica logo cedo, acabei optando por estudar na Universidade Federal do ABC (UFABC), que é bastante voltada para essas atividades. Lá, participo desde 2015 do time Enactus UFABC, uma entidade de empreendedorismo social que atua em várias comunidades do ABC, em específico, trabalho com o projeto Alfatech que ajuda na alfabetização de crianças em defasagem escolar. Também fundei a primeira equipe brasileira a participar do International Physicists' Tournament (IPT), a versão para universidades do outro campeonato, e estamos nos encaminhando para a 3ª participação este ano de 2019. Na Suécia, em 2017, conseguimos o 11º lugar e, na Rússia, em 2018, conseguimos o 3º lugar do torneio, sendo essa a melhor colocação de um time não-europeu na história do torneio e a primeira vez participando de uma final. Em abril de 2019, fomos a Lausanne, na Suíça, tentar buscar a medalha de ouro para o país, o que seria algo muito importante para nós. A participação no IPT me deu muita experiência com pesquisa e também na escrita de artigos científicos. O que eu queria desde o Ensino Médio era estudar fora e, dessa vez, apliquei novamente para uma universidade canadense, a McGill University. Fui recentemente aprovado no programa de mestrado e, em setembro, vou para lá trabalhar com Física Experimental, mais voltada para Cosmologia Experimental utilizando Radioastronomia.
Durante essa trajetória, muitas pessoas foram importantes para mim, principalmente da minha família. Mas no EG, agradeço demais à diretora Janice que sempre acreditou em mim e ajudou-me a não desistir do IYPT lá atrás.
