Por Camila Zola - 30/11/2017
Os alunos da 2ª série do Ensino Médio, sob orientação do Professor Guto, realizaram um trabalho sobre Vanguardas Europeias, um conjunto de tendências artísticas vindas de diferentes países europeus cujo objetivo era levar para a arte o sentimento de liberdade criadora, a subjetividade e até mesmo certo irracionalismo. As vanguardas influenciaram não apenas as artes plásticas, mas também outras manifestações artísticas, entre elas a literatura.
O objetivo da atividade era criar algo levando em consideração duas dessas vanguardas, o Cubismo, conhecido por desconstruir a perspectiva tradicional e a linha de contorno, e o Dadaísmo, cuja característica principal é a linguagem peculiar, permeada pelo deboche e pelos ilogismos dos textos, além da aversão a qualquer conceito racionalizado sobre a arte.
Os estudantes deveriam definir um tema, encontrar um artigo sobre o assunto e escolher uma forma de contorno que tivesse relação. A ideia era seguir um poema chamado “Como fazer um poema dadaísta”, de Tristan Tzara, recortar palavras do artigo analisado e colocar dentro de um saco plástico, para sortear a ordem em que as palavras seriam coladas no contorno escolhido.
A princípio, a ideia era não fazer sentido. Depois de finalizado, os trabalhos foram colados em lugares estratégicos da sala de aula. Cada grupo explicou seu projeto e, em seguida, o assunto foi discutido por todos. Foram debatidos temas como aborto, questões políticas do país, feminismo e depressão.
O Professor Guto ressaltou que todos enxergaram a própria sala como um espaço da obra de arte e que encaixaram as atividades nos locais ideiais para demonstrar o propósito do trabalho.