Por Catharina Siqueira
O Espaço Maker foge dos padrões da tradicional sala de aula e inova os conceitos de aprendizagem através da prática. Inaugurado em 2019, o espaço traz a metodologia STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics) – ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática.
A metodologia se divide em cinco etapas básicas: investigar, descobrir, conectar, criar e refletir, que desenvolvem, nos alunos, habilidades de criação e aprendizagem, de forma mais simplificada, em que números, cálculos e fórmulas fazem mais sentido quando vistos na prática.
O Espaço Maker é totalmente equipado com materiais diferenciados, como impressora 3D, máquina de corte a laser, little bits, componentes eletrônicos, máquina de costura e equipamentos simples do dia a dia, como martelo, chaves de fenda, madeira, tecidos, papelão etc.
“Além de ser uma grande sala, os materiais encontrados no Espaço Maker, desde produtos importados até recicláveis, ajudam a criar várias possibilidades. É aqui que os alunos encontram a liberdade de desenvolver projetos e também, com auxílio dos professores, aprender a matéria teórica através de um outro ponto de vista, além da tradicional sala de aula. Fico feliz em participar desse projeto e contribuir para o desenvolvimento da educação no Colégio Eduardo Gomes.”, disse Vírginia Amorim, responsável pelo espaço.
“As mudanças aceleradas criaram uma barreira entre o mundo e a educação que se pratica. A OCDE (Organisation de Coopération et de Developpement Économiques) e o PISA (Programme for International Student Assessment) são indicadores da preocupação internacional com os modelos de aprendizagem e, através da adequação do ensino, percebe-se que as buscas pela reforma nos modos de conceber a educação, reinventando as estratégias e os espaços de aprendizagem, são constantes. Os países com os melhores números na avaliação de desempenho em testes internacionais também são os países com maiores PIB e IDH. O Brasil, por sua vez, ocupa um dos últimos lugares nessas provas. Ciências e matemática são pontos fracos dos alunos brasileiros. Mesmo com elevado interesse pelas áreas científicas, os alunos não conseguem utilizá-lo para tomar decisões baseadas em evidências científicas. A modificação dos cenários traz novos desafios à educação. Nesse novo mundo, é preciso desenvolver novas características. Trata-se, não de descartar ou desvalorizar a educação que tem sido feita, mas de somar novas estratégias e novos espaços para desenvolver as pessoas. O Espaço Maker foi construído com o propósito de satisfazer essa demanda, de permitir experimentações, vivências, observação de fenômenos e compartilhar conhecimento. Na nova sociedade, um grupo não se restringe mais às pessoas que fazem parte do mesmo escritório. As ferramentas de comunicação permitem que as pessoas trabalhem de locais diferentes e que os grupos sejam formados em função das colaborações, das metas, dos objetivos comuns.”, disse Roberta Castaldoni Zanona, idealizadora do projeto Espaço Maker, no Colégio, e responsável por ele.
Parecia que a revolução industrial havia se encerrado com a incorporação da tecnologia em fábricas, empresas e no cotidiano do ser humano. Porém estamos vivendo uma nova revolução industrial: o Movimento Maker. Existem 10 manifestos que foram criados com base nesses novos conceitos. São eles: faça, compartilhe, presenteie, aprenda, equipe-se, divirta-se, participe, apoie, mude e permita-se errar.
A Cultura Maker é uma das atividades extracurriculares que ocorrem no Colégio, em que os alunos do 6º ano do EF à 3ª série do EM podem se inscrever para utilizar o espaço no contraturno das aulas. Eles ficam livres para criar e adquirir o máximo de conhecimento possível, o que lhes traz autonomia e liberdade durante esse momento, em que a pró-atividade e o senso crítico são desenvolvidos para serem utilizados tanto dentro da instituição de ensino quanto fora.
Conheça esse espaço:
